09/11/2009

A moça do vestido curto e nossa imagem "lá fora"

A informação sobre a expulsão da ex-estudante de turismo da Uniban, Geisy Villa Nova Arruda, 20 anos, foi repercutida na mídia internacional neste domingo. Jornais como o americano The New York Times, e as publicações do Reino Unido, Telegraph e Guardian, divulgaram a decisão da universidade de expulsar a estudante que foi hostilizada por usar um vestido considerado curto pelos colegas.

No texto do The New York Times, são destacados detalhes sobre o momento da agressão na universidade e sobre a divulgação de um vídeo no site Youtube com imagens do ocorrido. Além disso, o jornal finaliza o artigo dizendo que "apesar de o Brasil ser conhecido pelo seus trajes modestos, especialmente nas cidades de praia, a maioria dos estudantes universitários vai ao campus usando jeans e camisetas". (...)

(Terra)

De início, causa certa indignação perceber a imagem que muitos têm do Brasil "lá fora". Depois, pensando bem, não dá para culpá-los de todo. Pense no Carnaval e nos corpos nus em exibição nas avenidas; pense nas recepções a governantes e chefes de Estado, nas quais não podem faltar as "tradicionais" sambistas rebolativas (como na foto ao lado, em que o príncipe Charles, em visita ao Brasil, foi calorosamente recebido por nossos "cartões-postais". Conforme me escreveu o leitor Marco Dourado, "o mundo enaltece aventuras, vícios, modas e inúmeros atrativos como instrumentos para a afirmação da individualidade. Quando alguma alma incauta, como a jovem Geisy, experimenta suas consequencias, os mesmos promotores da liberdade e da autonomia correm a público para desancá-la e reprovar-lhe o comportamento temerário, e o que antes era festejado como a Via Ápia para a plenitude torna-se agora um descaminho de imaturidade"

Michelson Borges

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Aluna é hostilizada por usar roupa indecente na faculdade

[Meus comentários seguem entre parênteses] Hostilizada por colegas da Uniban (Universidade Bandeirante de São Paulo) por causa de um vestido curto, a estudante de turismo Geyse Arruda, 20, afirmou ontem [30/10] na TV que professores e funcionários também participaram do tumulto. “Os seguranças da faculdade, no começo, estavam rindo”, disse. “Como um aluno vai ter atitude decente se os próprios professores e funcionários apoiam [as hostilidades]?” Geyse deu entrevista de cerca de duas horas ao programa “Geraldo Brasil”, da Record, no dia em que deveria depor na sindicância interna aberta para apurar o caso. A universidade não se manifestou ontem.

No programa, Geyse chorou e relatou sua versão da noite em que teve de sair escoltada por PMs para se proteger de cerca de 700 alunos “descontrolados”. Ao fim da atração, trocou a blusa preta de manga comprida e o jeans que usava pelo vestido rosa-choque que causou a confusão. Antes, recusou três vezes o pedido do apresentador Geraldo Luís.

A jovem também assumiu parte da culpa pelo tumulto. “Posso ter errado por ter ido com o vestido. Mas o ato de vandalismo que fizeram comigo não se faz com ninguém.” Ela disse que volta ao curso na terça-feira, “não para afrontar ou causar polêmica”.

Quando o apresentador perguntou por que Geyse só usava esse tipo de roupa, ela respondeu: “Acho que um vestido em uma mulher é extremamente feminino. Minha roupa só diz respeito a mim, respeito todo mundo e quero ser respeitada.” [Aqui está o primeiro erro da moça: aquilo que fazemos em público e a roupa que usamos não diz respeito apenas a nós, mas transmite uma mensagem a nosso respeito e provoca reações em quem nos observa. Clique aqui para ver uma dessas reações.]

Ela foi comparada pelo apresentador a Maria Madalena. Rafael Bruno, 22, do curso de administração da Uniban, fez analogia similar. “Parecia uma igreja evangélica cheia de fanáticos. A hipocrisia era igual.” [Aqui, além da analogia equivocada – afinal, Maria Madalena abandonou seus erros por Jesus –, há um ataque gratuito a quem não tem nada a ver com o episódio: os evangélicos. Um erro não justifica outro, mas desviar o foco da atitude da moça para a reação exagerada da turba não ajuda a discutir o verdadeiro problema, que é a falta de decoro num ambiente público.]

Alunos do mesmo campus onde Geyse estuda concordam que a universidade não soube controlar o tumulto. Renato Di Giacomo, 23, estudante de logística, diz que a jovem deveria ter sido barrada na entrada por estar usando “trajes inapropriados”. [Enfim, uma opinião mais centrada.] (...)

Thaiza diz que Geyse não é a única a usar roupas “ousadas” na faculdade. “Sempre tem umas meninas de top. Eu mesma uso minissaia e vestido curto, então isso tudo é uma tremenda hipocrisia.” [Esta admite que os trajes são ousados, mas considera hipocrisia o fato de a reação ter sido apenas contra Geyse. Vai entender...]

(Folha Online)

Os Comentários entre parenteses são do Jornalista Michelson Borges editor do blog Criacionismo

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05/11/2009

Geopedreiras Entrevista o Major Honorio Filho


"Continue o mesmo, o seu trabalho será reconhecido pelo povo e por Deus” foi as ultimas palavras ditas por Joaquim Neto após entrevistar o Major Honorio, Comandante da 10º Companhia Independe de Policia de Pedreiras. "Isso foi mais que um entrevista, chamaria de Bate -Papo, pela forma como fui recebido..." acrescentou.
Na entrevista o Major Honorio destaca o papel da sociedade em parceria com a Policia, fala também da importância da educação na formação de pessoas mais conscientes dos seus direitos e deveres. Confira abaixo na integra a Entrevista que o Major concedeu ao Geopedreiras.

O senhor em suas entrevistas as diversas mídias locais destaca a importância da participação que pode ser exercida pela Sociedade em contribuição com os trabalhos a serem realizados pela Policia. Como o senhor avalia hoje essa participação popular?

Nós entendemos que a segurança é pública, isso é constitucional, a nossa constituição no Artigo 144 é bem clara: “A segurança publica é dever do Estado". Todos nos temos direitos e todos nós somos também responsáveis pela segurança. Nessa ligação legal, deve existir a parceria, policia e comunidade, então todos nós temos que participar, contribuir com a nossa segurança. Nós temos que desmistificar essa questão da segurança publica a idéia de que o publico não tem dono, não é de ninguém. O que é Publico é meu também, temos que tomar conta, por isso é importante o chamamento da população pra essa parceria. Agora, entendo que melhorou bastante essa parceria, as pessoas estão participando, mas ainda de forma bastante discreta, as pessoas ainda estão muito distantes das autoridades, estamos trabalhando para diminuir a cada dia que passa essa distancia entre Policia e Sociedade.

Major, um assunto tem sido diariamente pauta nos mais diversos meios de comunicação: O Transito confuso de Pedreiras. Podem ser atribuídas responsabilidades. E se sim, a quem?

A questão do transito é muito abrangente, ela passa pelo aspecto da educação das pessoas nos usos das vias, a questão da manutenção das condições de trafego das vias, então é muito complicado atribuir culpados. A Policia Militar vem trabalhando, fiscalizando o transito, que não é bom, é caótico, confuso como você mesmo afirmou, não podemos viver o presente sem analisar o passado, por que se você olha o passado você consegue projetar o futuro, no passado o transito de Pedreiras era bem mais complicado, bem mais problemático, morriam bem mais pessoas do que hoje. Nós não podemos também chegar, fazer uma operação Pente Fino, prender a todos o que estão com a documentação irregular, iremos criar um problema grande na sociedade se fizermos isso, temos que entender também esse outro lado. Abordamos, estamos cobrando, estamos dando tempo para que as pessoas criem a consciência de tirar a habilitação, do necessário uso do capacete. O Cidadão vem na MA com o capacete no cotovelo, quando se aproxima da Santinha, ele coloca o capacete não para se proteger, mas para mostrar a policia, e isso é errado, devemos ter a consciência de que usamos o capacete como instrumento de proteção, ai entra Educação. Infelizmente essa fatalidade onde morreu uma pessoa que vinha com o capacete no cotovelo, um absurdo, uma pessoa habilitada, mototaxicista, lamentamos o acidente. É muito difícil atribuir culpados, se verificar todas as situações passo a passo, iremos encontrar muitos culpados, e em alguns deles a vitima tem também a sua parcela de culpa.


Recentemente uma grande parcela da sociedade saiu às ruas em uma grande manifestação cobrando o cumprimento das exigências de leis relativas ao transito. Qual a importância dessa atitude e como a policia responderá a mesma?

Foi muito importante aquela atitude, a manifestação, o clamor da sociedade é satisfatória. A mesma foi direcionada a solicitação da "Paz no Transito". Para que haja paz é preciso dar o exemplo, por incrível que pareça horas depois a realização da manifestação nós realizamos uma operação onde algumas pessoas foram detidas, menores conduzindo motocicletas, e esses menores estavam nessa manifestação. A sociedade de Pedreiras tem uma questão que é bem hipócrita, todo mundo quer mudança, mas eles não querem mudar, sempre queremos que os outros façam alguma coisa, que a Policia, o Judiciário, o Ministério Público faça alguma coisa, mais o cidadão não pensa nesse sentido, ele pensa que as autoridades devem fazer alguma coisa, e o que precisa ser feito não pode atingi-lo, só os outros. A mudança parte principalmente das pessoas, do individual. Nós só poderemos mudar o comportamento coletivo quando mudarmos o comportamento individual. É isso que buscamos, trabalhar essa questão do individual, conscientizando o cidadão para mudarmos o coletivo.
Aqui por exemplo se tinha a cultura que não se tinha sossego, se você estivesse em um local, um cidadão chegava com seu carro, ligava o som, colocava a musica e o volume que queria e você tinha que agüentar. E isso mudou bastante. Se essa manifestação mudar o comportamento das pessoas que estavam na manifestação ela terá servido para alguma coisa, agora se não mudar o comportamento, de pouco adiantará essa manifestação.


Major, diante das diversas irregularidades ainda existentes em nosso transito e de um contingente limitado, pode a sociedade ao presenciar uma infração exercer um papel fiscalizador, da mesma forma como denúncia a pedofilia, a violência contra a mulher, o visinho que ultrapassa os limites?

Com certeza! Toda participação da sociedade, denúncias relacionadas as infrações de transito, crimes é muito salutar, mas devemos ter o devido cuidado por que isso pode se transformar em uma arma. Um exemplo: Eu não gosto de meu visinho, vou denunciá-lo por ele não andar com o capacete na rua.

Quando você participa se policiando, cumprindo a leis de transito, educando a sua família, seus amigos... Nós temos um índice altíssimo de pais que dão motocicletas aos seus filhos menores. Se você fizer algo que mude o seu comportamento, o da sua família, a questão do transito será uma coisa mais ampla. Isso não impede que a pessoas fiscalizem, o que eu não posso é denunciar e não dar o exemplo. Como comandante da Policia Militar, procuro sempre seguir os padrões da lei, por que o limite de toda autoridade é a Lei. As pessoas que cobram, fiscalizam, é muito salutar, mas o principal é dar o exemplo. As palavras podem convencer, mas o exemplo tende a se arrastar e ser uma verdade.

O que é Paz no transito?


A paz é você que faz! Teremos paz no transito quando os usuários das vias construírem essa paz. Ela será construída com responsabilidade, por que o veiculo pode ser uma arma, você tem que ter responsabilidade, pois o veículo pode se tornar uma arma contra você mesmo. Buscar Paz no transito é beber e não dirigir, não permitindo que o filho menor dirija, tirando a sua carteira de habilitação, com essas atitudes se construirá a Paz no transito.

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03/11/2009

O fim do mundo na capa de Veja

A revista Veja desta semana traz na capa a chamada garrafal “O fim do mundo”. Leia aqui alguns trechos: “O ano de 2012 tornou-se o centro de gravidade do fim do mundo por uma confluência de achados proféticos. Primeiro, surgiu a tese de que a Terra será destruída com a volta do planeta Nibiru em 2012. Depois, veio à tona que o calendário dos maias, uma das esplêndidas civilizações da América Central pré-colombiana, acaba em 21 dezembro de 2012, sugerindo que se os maias, tão entendidos em astronomia, encerraram as contas dos dias e das noites nessa data é porque depois dela não haverá mais o que contar. Posteriormente, apareceram os eternos intérpretes de Nostradamus e, em seguida, vieram os especialistas em mirabolâncias geológicas e astronômicas com um vasto cardápio de catástrofes: reversão do campo magnético da Terra, mudança no eixo de rotação do planeta, devastadora tempestade solar e derradeiro alinhamento planetário em que a Terra ficará no centro da Via Láctea – tudo em 2012 ou em 21 de dezembro de 2012.

“Com tantas sugestões, a profecia ganhou as ruas. No dia 13 de novembro, terá lugar a estreia mundial de 2012, uma superprodução de Hollywood que conta a saga dos que tentam desesperadamente sobreviver à catástrofe final. No site da Amazon, há 275 livros sobre 2012. Nos Estados Unidos, já existem lojas vendendo produtos para o apocalipse. Os itens mais comercializados são pastilhas purificadoras de água e potes de magnésio, bons para acender o fogo. É sinal de que os compradores estão preocupados com água e fogo, numa volta ao tempo das cavernas. Na Universidade Cornell, que mantém um site sobre curiosidades do público a respeito de astronomia, disparou o número de perguntas sobre 2012. Há os que se divertem, pois não acreditam na profecia. Entre os que acreditam, os sentimentos vão da tensa preocupação, como é o caso de Patrick Geryl, autor de três livros sobre 2012, todos publicados no Brasil, até o pavor incontrolável. O fim do mundo é uma ideia que nos aterroriza – e, nesse formidável paradoxo que somos nós, também pode ser a ideia que mais nos consola. Por isso é que ela existe.

“No inventário dos fracassos humanos, talvez não haja aposta tão malsucedida quanto a de marcar data para o fim do mundo. Falhou 100% das vezes, mas continua a se espalhar, resistindo ao tempo, à razão e à ciência. As tentativas de explicar esse fenômeno são uma viagem fascinante pela alma, pela psique, pelo cérebro humano. Uma das explicações está no fato de que o nosso cérebro é uma máquina programada para extrair sentido do mundo. Assim, somos levados a atribuir ordem e significado às coisas, mesmo onde tudo é casual e fortuito. As constelações no céu, por exemplo, são uma criação mental para organizar o caos estelar. Ao enxergarmos as constelações de Órion ou Andrômeda, encontramos ordem e sentido. O dado complicador é que a vida, no céu e na terra, deve muito mais às contingências do acaso do que ao determinismo. O espermatozoide que fecundou o óvulo que gerou Albert Einstein foi um produto do acaso, resultado de uma disputa entre espermatozoides resolvida por milésimos de segundo. Assim como aconteceu, poderia não ter acontecido [mas o que não se pode afirmar é que a origem do espermatozoide seja fruto do acaso]. (...)

“A preponderância do aleatório sobre o determinado pode dar a sensação de desesperança, de que somos impotentes diante de todas as coisas. Talvez nisso residam a beleza e a complexidade da vida, mas o fato é que o cérebro está mais interessado em ordem do que em belezas complexas. Por isso, quando não vê significado nas coisas naturais, ele salta para o sobrenatural. (...) A religião seria uma criação mental através da qual o cérebro atende a sua necessidade por sentido. O apocalipse, nesse caso, é uma saída brilhantemente engenhosa. Explica duas questões que atormentam a humanidade desde sempre: o significado da vida e a inevitabilidade da morte. Somos a única espécie com consciência da própria morte e, no entanto, não sabemos o significado da vida. Afinal, por que estamos aqui? A pergunta, em si, revela nossa busca por sentido, devido à nossa dificuldade de conviver com a possibilidade de que, talvez, não estejamos aqui por alguma razão especial. O apocalipse é uma resposta. Está descrito nos seus mínimos e horripilantes detalhes no Livro do Apocalipse, escrito pelo evangelista João, por volta do ano 90 da era cristã, quando estava preso, perseguido pelo Império Romano.

“O começo do fim do mundo, diz João, será anunciado por sinais tenebrosos: um céu negro, uma lua cor de sangue, estrelas desabando sobre a Terra e uma sucessão de desastres varrendo o planeta na forma de terremotos, inundações, incêndios, epidemias. O Anticristo então dominará a Terra por sete anos [o autor desta matéria devia ter estudado melhor o Apocalipse], ao fim dos quais Jesus Cristo descerá dos céus com um exército de santos e mártires [outra barrigada: Onde está escrito que “santos e mártires” virão do Céu com Jesus?] – e vencerá Satã, a besta. Depois de 1.000 anos acorrentado, Satã conseguirá se libertar e forçará Jesus Cristo a travar uma segunda batalha, a terrível batalha do Armagedom. Derrotado Satã, todos nós, vivos e mortos, nos sentaremos no banco dos réus do tribunal divino [na verdade, o julgamento já terá ocorrido, pois a destruição de Satanás e dos ímpios é a sentença final]. Os bons irão para o paraíso celestial. Os maus arderão no fogo eterno [outro equívoco antibíblico]. (...)

“Nem sempre o apocalipse vem numa embalagem religiosa. A profecia de 2012 começou com base em eventos astronômicos e calendários antigos. Só depois recebeu a adesão de seitas espiritualistas e cristãs, mas originalmente 2012 é, digamos, um fim do mundo pagão. (...)

“As profecias do apocalipse são um desastre como previsão do futuro, mas excelentes como alegorias do presente. A coleção de afrescos e pinturas clássicas que retratam o Juízo Final, como a obra-prima de Michelangelo na Capela Sistina, reflete o temor do tribunal divino e o domínio da Igreja Católica de então. Depois da II Guerra, os filmes de Hollywood, grandes difusores da catástrofe final, passaram a enfocar o fim do mundo como resultado de uma guerra nuclear ou de um monstro deformado pela radioatividade. Estavam narrando as aflições dos americanos com a bomba de Hiroshima e Nagasaki e a chegada da corrida armamentista com a União Soviética. É o momento em que o apocalipse começa a ter duas fontes – a religião e a ciência. Nos anos 60, com as profundas transformações varrendo os EUA, da Guerra do Vietnã à revolução sexual, do advento do computador ao movimento dos direitos civis, dos Beatles a Woodstock, o apocalipse mudou de lugar. ‘O livro da revelação deixou o gueto cristão e entrou no coração da política americana e da cultura popular’, escreve Jonathan Kirsch em A History of the End of the World (Uma História do Fim do Mundo), um ótimo inventário do apocalipse.

“Desde os anos 50, cada década tem pelo menos uma dúzia de filmes apocalípticos dignos de nota, de Godzilla a Apocalypto, de O Planeta dos Macacos a Matrix, de O Bebê de Rosemary a Presságio. Eles sempre narram algo do seu tempo. Há estudiosos que acreditam que mesmo o Livro do Apocalipse teria sido uma resposta às perseguições que os cristãos sofriam no Império Romano – e a besta, o Anticristo, o Satã seriam Nero, o imperador que tocou fogo em Roma. Como os apocalipses tomam a forma de sua época, o Anticristo se atualiza. Na II Guerra, era Adolf Hitler. Hoje, é Osama bin Laden. Isso é claro nos EUA, cuja condição de potência acaba por difundir suas neuroses e seus achados para o mundo todo. O apocalipse na cultura? Antes, eram os hippies com sua percepção extrassensorial e drogas alucinógenas. Depois, no ano 2000, foi o tecnoapocalipse, na forma do bug do milênio. O apocalipse na política? Antes, era o Exército Vermelho. Agora, é o terrorismo islâmico. Como disse Eric Hoffer (1902-1983), que passou a vida como estivador e filósofo: ‘Movimentos de massa podem surgir e se espalhar sem a crença num deus, mas nunca sem a crença num diabo.’

“Nenhuma das hipóteses do fim do mundo em 2012 mencionadas nesta reportagem faz sentido. O planeta Nibiru nem existe. A civilização maia, cujo auge se deu entre 300 e 900 da era cristã, tinha três calendários: o divino, o civil e o de longa contagem, que termina em 2012. ‘Mas os maias nunca afirmaram que isso era o fim do mundo’, diz David Stuart, da Universidade do Texas, considerado um dos maiores especialistas em epigrafia maia. Uma mudança no eixo de rotação da Terra é impossível. ‘Nunca aconteceu e nunca acontecerá’, garante David Morrison, cientista da Nasa, agência espacial americana. Reversão do campo magnético da Terra? Acontece de vez em quando, de 400.000 em 400.000 anos, e não causa nenhum mal à vida na Terra. Tempestade solar? Também acontece e em nada nos afeta. Derradeiro alinhamento planetário em que a Terra ficará no centro da galáxia? Não haverá nenhum alinhamento planetário em 2012, e, bem, quem souber onde fica ‘o centro’ da nossa galáxia ganha uma viagem interplanetária. (...)”
O Jornalista MIchelson Borges comentou no blog Criacionismo a matéria da Veja: "É bastante conveniente para o inimigo de Deus comparar o relato inspirado do Apocalipse a outras “profecias” e mesmo a filmes hollywoodianos. Assim, nivela tudo por baixo e reforça a descrença dos céticos. Para aqueles que creem nesse novo “fim do mundo”, ele (o inimigo) pode estar preparando alguma “surpresa” para 2012. Ou não. O ano pode passar sem que nada de especial ocorra e as pessoas voltarão à sua vida rotineira, mais anestesiadas ainda para a mensagem da volta de Jesus. De qualquer maneira, infelizmente, o inimigo leva vantagem. Note a estratégia satânica: (1) o inimigo afasta as pessoas da Bíblia; (2) desvia a atenção delas para falsas profecias que não levarão a nada, exceto a uma excitação momentânea, sem a necessária santificação (afinal, a motivação neste caso é o medo); (3) passada a data anunciada, as pessoas caem no desânimo ou na descrença. Por isso, é mais do que necessário que a igreja se esforce (sob a direção do Espírito Santo) para mostrar ao mundo a solidez das profecias bíblicas e do método historicista de interpretação profética. É preciso que todos saibam que a Palavra de Deus nada tem que ver com essas “profecias” especulativas e sensacionalistas, pois, “daquele dia e hora ninguém sabe” (Mt 24:34), o que significa que devemos estar preparados para encontrar o Criador a qualquer momento."

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Padrão Femenino Pós- Moderno

Andando pelas ruas de Pedreiras me deparei com o Outdoor mostrado na imagem acima, o que me chamou atenção foi a forma como a modelo se expôs e a frase, "Estilo reconhecido no Mundo".
O nosso mundo pós- moderno vem impondo através das TV, internet, musicas, outdoors o chamado estilo de vida, o Padrão Pós- Moderno.
Uma mulher bela é aquela que veste mine saia, calça coladinha, corpo marcado e bem definido, o decote deve valorizar bem os seios. Saias longas são sinônimos de atraso, antigo.
Vou mais além, nem o professo mundo cristão tem escapado das imposições da Moda, a atitude de muitos dos seus "seguidores" se apresenta em contraste com o livro que professam como sendo a Palavra de Deus, a mesma declara:
"Quero, do mesmo modo, que as mulheres se ataviem com traje decoroso, com modéstia e sobriedade, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou [vestidos] custosos..." 1° Timóteo 2:9.
Falando aos Jovens a escritora cristã Ellen White escreveu:
"Satanás está continuamente atraindo o povo da luz salvadora ao costume e à moda, sem consideração para com a saúde física, mental e moral."Mensagem aos Jovens p.237
"Não é vosso vestido que vos dá valor aos olhos de Deus. É o adorno interior, as graças do Espírito, a palavra bondosa, a atenciosa consideração para com os outros, o que Ele aprecia. Dispensai os enfeites desnecessários, e ponde de parte para o progresso da causa de Deus os meios assim poupados."Mensagem aos Jovens p.314
"Em vez de se adaptar às exigências da moda, tenham as mulheres a força moral de se vestirem saudável e singelamente." Lar Adventista p. 110
Ainda há quem se surpreende ao observarem o rumo que tem sido traçado, o Apostolo Paulo a muito tempo atrás, falando sobre os nossos dias escreveu:
"Sabe, porém, isto, que nos últimos dias sobrevirão tempos penosos; pois os homens serão amantes de si mesmos, gananciosos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a seus pais, ingratos, ímpios, sem afeição natural, implacáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando-lhe o poder." 2° Timóteo 3: 1-5.
Isso lembra alguma coisa?

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02/11/2009

Noite


A noite paira, o sol se foi, o mundo para, o Universo dorme envolto em seu escuro lençol. Enquanto isso a vida segue, continuamos com nosso egocentrismo, achando que somos os únicos, enquanto isso o vasto e perfeccionista universo observa o imperfeito, hoje conversamos, guardamos segredos, não para o vasto mundo lá fora, não existe segredo, mentiras, podemos até mentir pra pessoa ao lado, mostrando de que lado estamos...é verdade, traçamos o nosso caminho, as vezes perdemos ele ,ou nos perdemos nele.

Joaquim Neto é membro da Associação do Poetas e Escritores de Pedreiras.

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